sexta-feira, 3 de abril de 2009

DIMENSÃO EUCARÍSTICA DA PARTILHA


texto do saudoso Mons. Ricardo Dias Neto
Queridos irmãos,Pesquisando antigas cartas mensais, deparamos com o texto abaixo sobre a Partilha, escrito pelo nosso Conselheiro Espiritual à época, Diácono Ricardo Dias Neto, que há um ano passou a conviver com o Pai.Janete e Nélio – equipe 2BA DIMENSÃO EUCARÍSTICA DA PARTILHAEstamos convencidos de que os meios de aperfeiçoamento são o termômetro de nossas Equipes. A partilha desses esforços, significando entre ajuda aos nossos irmãos de equipe, pode determinar o seu crescimento e equilíbrio.Esses instrumentos que nos são oferecidos pelo Movimento e que nos levam gradativamente a santidade, longe de serem vistos como exigências ou "cobrança" devem ser encarados como verdadeiros dons: são oportunidades que damos a Deus para ficar em nosso meio durante todo o mês. Notadamente quando esses meios chegam a significar sacrifício e renúncia, justamente aí a mão carinhosa de Deus nos é estendida para nos acolher. Diante dEle somos crianças e é preciso agir como elas: sem malícia ou desconfiança, sem querer parecer o que não somos.Partilha é sinônimo de comunhão. E dentro de uma equipe, onde todos se utilizam dos mesmos instrumentos de santificação, nada mais justo do que um ajudar o outro a "manejar melhor" sua "ferramenta de trabalho". Ela não está colocada na reunião mensal como uma prestação de contas a ninguém. É, antes e acima de tudo, oportunidade de estendermos a mão, a partir dos meios que melhor pudemos viver durante o mês, em favor daquele que está encontrando dificuldade. Não nos utilizamos dos meios de aperfeiçoamento para ter "o que dizer" na reunião de equipe. Esses meios existem para serem vividos cada dia e, a partir da experiência verificada, ajudar o irmão. Por isso se chama partilha.O ideal do movimento, "Vem e segue-me", deve igualmente ser lembrado. Seguir o Cristo exige um esforço pessoal e comunitário. Se Ele desejou ficar entre nós na Eucaristia, maior prova de seu amor, sua doação maior, também nós temos que nos doar ao irmão mais próximo. A partilha começa em casa, na ajuda mútua dos cônjuges. E especialmente os filhos significam muito para esse aprimoramento.No entanto, se olharmos com olhos de esperança e percorrermos, em atitude de oração, as páginas da Sagrada Escritura, vamos encontrar no templo de Jerusalém e na própria experiência comunitária do Povo de Israel exemplos edificantes de todos os meios de aperfeiçoamento que são propostos pelo Movimento.Isto posto, irmãos tão queridos, pensemos na dimensão eucarística da partilha. Pelas palavras do salmo 133: "hine matov umanahim xevet ahim gam yahad" = "Como é bom e agradável os irmãos se sentarem juntos", procuremos nos lembrar sempre de que somos responsáveis uns pelos outros.Diácono Ricardo Dias NetoConselheiro Espiritual da Equipe 2 B de SorocabaCarta Mensal de setembro de 1983

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