A EFICÁCIA DO EXEMPLO: A Exortação Apostólica “Evangelii Nuntiandi”, sobre a “Evangelização”, do Mundo Contemporâneo se inclui entre os mais importantes documentos do Papa Paulo VI, datado de 8 de dezembro de 1975.
Em seu número 41, ele trata da necessidade do exemplo como um válido e indispensável instrumento na difusão da Fé em nossa época.
Há uma real exigência de autenticidade particularmente no tempo de hoje. Diz o Santo Padre: “o testemunho de uma vida verdadeiramente cristã, entregue às mãos de Deus, é o primeiro meio de evangelização. Será, pois, pelo seu comportamento, pela sua vida, que a Igreja há de, antes de mais nada, evangelizar este mundo”. E no nº 76 volta a insistir como “condição essencial para eficácia profunda da pregação”, uma vida que reflita uma crença. Ouve-se repetir com freqüência, hoje em dia, que esse nosso século tem sede de autenticidade.
Esse ensinamento me vem à mente quando vejo lares, apresentados como modelares, que se desfazem; padres que realmente viviam um sacerdócio símbolo de consagração total, abandonarem-no. Em outras palavras, o escândalo vindo de onde não se esperava.
Na verdade, a Igreja é santa e pecadora. O que possui de bom tem origem no Cristo, seu Fundador. As falhas, as deficiências, a desordem moral em seu interior, provêm de sua condição também humana.
Essas sombras não devem causar admiração. Elas tiveram início ainda presente o Mestre e serão companheiras inseparáveis de nossa fragilidade, até o final dos tempos. Quando surgem no clero são, por isso, mais graves. Ao se manifestarem nos leigos, seu efeito demolidor pode ser aquilatado pela posição de evidência que eles gozavam como membros da Comunidade cristã.
A Sagrada Escritura nos fala dos cedros do Líbano que desabam. Destróem muito mais, em derredor, com a sua queda; pois eram considerados mais fortes.
A reação humana contra essas fraquezas é justa, pois jamais falta a graça de Deus nas dificuldades. Assim, cada um responde pelo mal que provoca, pois abusou da liberdade que possuía. A satisfação pessoal pesou mais no prato da balança que os sofrimentos provocados em parentes, amigos, no corpo vivo do Senhor.
Injusto, entretanto, é atribuir esses desastres à própria Instituição ou duvidar da sinceridade dos que lutam por seguir o Redentor.
Somente os fracos se alegram com a derrota de outrem, vendo nisso uma oportunidade para justificar as próprias falhas. A verdade é que eles carecem de coragem para apresentar-se conforme as exigências do Evangelho, e tentam justificar-se com um lamentável fracasso. Aproveitam esses casos dolorosos para lançar o descrédito na multidão que permanece firme e fiel. Eles também jogam sua pedra, em forma de interpretações malévolas sobre a sinceridade de atitudes anteriores desses nossos irmãos que malograram. Por uma falta atual, não temos o direito de duvidar de sua integridade e retidão no serviço de Deus até o abandonarem, desfazendo compromissos assumidos com a Igreja. Fonte: Mensagem radiofônica Cardeal Eugenio de Araujo Sales
Em seu número 41, ele trata da necessidade do exemplo como um válido e indispensável instrumento na difusão da Fé em nossa época.
Há uma real exigência de autenticidade particularmente no tempo de hoje. Diz o Santo Padre: “o testemunho de uma vida verdadeiramente cristã, entregue às mãos de Deus, é o primeiro meio de evangelização. Será, pois, pelo seu comportamento, pela sua vida, que a Igreja há de, antes de mais nada, evangelizar este mundo”. E no nº 76 volta a insistir como “condição essencial para eficácia profunda da pregação”, uma vida que reflita uma crença. Ouve-se repetir com freqüência, hoje em dia, que esse nosso século tem sede de autenticidade.
Esse ensinamento me vem à mente quando vejo lares, apresentados como modelares, que se desfazem; padres que realmente viviam um sacerdócio símbolo de consagração total, abandonarem-no. Em outras palavras, o escândalo vindo de onde não se esperava.
Na verdade, a Igreja é santa e pecadora. O que possui de bom tem origem no Cristo, seu Fundador. As falhas, as deficiências, a desordem moral em seu interior, provêm de sua condição também humana.
Essas sombras não devem causar admiração. Elas tiveram início ainda presente o Mestre e serão companheiras inseparáveis de nossa fragilidade, até o final dos tempos. Quando surgem no clero são, por isso, mais graves. Ao se manifestarem nos leigos, seu efeito demolidor pode ser aquilatado pela posição de evidência que eles gozavam como membros da Comunidade cristã.
A Sagrada Escritura nos fala dos cedros do Líbano que desabam. Destróem muito mais, em derredor, com a sua queda; pois eram considerados mais fortes.
A reação humana contra essas fraquezas é justa, pois jamais falta a graça de Deus nas dificuldades. Assim, cada um responde pelo mal que provoca, pois abusou da liberdade que possuía. A satisfação pessoal pesou mais no prato da balança que os sofrimentos provocados em parentes, amigos, no corpo vivo do Senhor.
Injusto, entretanto, é atribuir esses desastres à própria Instituição ou duvidar da sinceridade dos que lutam por seguir o Redentor.
Somente os fracos se alegram com a derrota de outrem, vendo nisso uma oportunidade para justificar as próprias falhas. A verdade é que eles carecem de coragem para apresentar-se conforme as exigências do Evangelho, e tentam justificar-se com um lamentável fracasso. Aproveitam esses casos dolorosos para lançar o descrédito na multidão que permanece firme e fiel. Eles também jogam sua pedra, em forma de interpretações malévolas sobre a sinceridade de atitudes anteriores desses nossos irmãos que malograram. Por uma falta atual, não temos o direito de duvidar de sua integridade e retidão no serviço de Deus até o abandonarem, desfazendo compromissos assumidos com a Igreja. Fonte: Mensagem radiofônica Cardeal Eugenio de Araujo Sales
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