Quando os povos gregos chegaram a Jerusalém, instalaram ali um verdadeiro paganismo. E foram muito astutos, muito espertos: começaram pelo esporte. Construíram grandes ginásios e reuniram a juventude, ensinando aos judeus a corrida, salto, dardos... e, é claro, a juventude judaica, que nunca tinha praticado qualquer esporte, ficou entusiasmada. Os rapazes se entregaram de corpo e alma ao que os gregos lhes estavam ensinando. A finalidade, por trás de tudo isso, era tirar o culto ao Deus rico e verdadeiro e instalar o paganismo entre os judeus, assim como em todos os outros países. E infelizmente conseguiram: a partir da juventude, uma quantidade enorme de homens e mulheres do povo de Deus entrou para as práticas pagãs, como os gregos faziam.
Um pequeno grupo permaneceu fiel e começou a ser perseguido, pressionado. Eram poucas pessoas, mas estavam com Deus; seus corações queriam viver os mandamentos e as leis do Senhor, por mais exigentes que fossem. E Deus lhes inspirava para que não arrefecessem pois seriam o sustentáculo de seu povo: o nome, a glória do Senhor permaneceria por meio deles, embora todos os outros jovens estivessem se entregando aos cultos pagãos e esquecendo-se dos mandamentos...
Entre as muitas perseguições, aconteceu o seguinte fato, narrado em 2 Macabeus 7: sete irmãos, por causa de sua fidelidade, foram levados à presença do rei, que queria obrigá-los a abandonar o senhor, a desonrá-lo publicamente. O mais velho disse diante do rei que não faria isso de maneira alguma ; ele era de Deus, e por isso, custasse o que custasse, permaneceria fiel. E o que o rei fez ? Torturou o rapaz na presença de seus irmãos e de sua mãe, e de um modo terrível: em primeiro lugar mandou arrancar-lhe o couro cabeludo. Depois ordenou que o esfolassem, que lhe retirassem a pele... E o jovem, quase sem respiração, permaneceu firme. O rei então mandou que lhe cortassem a extremidades dos dedos, e depois as mãos, e os pés... E o rapaz continuava dizendo com voz forte: ”Não violarei a lei do meu Deus. Eu sou de Deus e não me renderei!” E o rei, cada vez mais enraivecido, ordenou que tostassem o jovem, que o assassem em um caldeirão, diante da mãe e dos irmãos. Mas ele não voltou atrás.
Seus irmãos, um após o outro, passaram então a ser torturados, mas nem um deles se entregava. E o rei , que já estava inclusive ficando temeroso, com medo de perder o crédito diante do povo, se aproximou do menorzinho, que era criança ainda, um menino, na certeza de que este não iria agüentar. Como o jovem não lhe prestasse atenção, mandou que a mãe o aconselhasse a se entregar, a violar a lei de Deus para lhe salvar a vida. Aquela mãe deveria estar com o coração estraçalhado de ver os seis filhos torturados barbaramente e depois mortos, mas heroicamente, apesar de lhe ter restado apenas um filho e ao contrario do que se imaginava, inclinou-se sobre o menino e disse: “Meu filho, compadece-te de tua mãe que te trouxe nove meses no seio, que te amamentei durante três anos, que te nutri e te conduzi e eduquei até essa idade. Eu te suplico, meu filho, contempla o céu e a terra, e reflete bem: tudo que vês, Deus o criou do nada, assim como a todos os homens. Não temas, pois, esse algoz, mas sê digno de teus irmãos, e aceita a morte para que no dia da misericórdia e eu te encontre no meio deles”. E o menino se apresentou diante do rei e disse: “Eu também não vou seguir as suas ordens, mas as do meu Deus”. O rei ficou terrivelmente rancoroso e mandou suplicar ainda mais o garoto, que não voltou atrás. E a mãe assistiu a tudo aquilo mantendo-se firme, porque era fiel a Deus e a Sua lei.
Meu irmão, minha irmã, é isso que Maria, a mãe de Jesus, quer lhe dizer hoje: ela se aproxima de você como seu filho mais novo e diz: “Meu filho(a), olha para tua Mãe. Ao pé da cruz, colocaram sobre teus joelhos o corpo torturado de meu Filho Jesus, e eu o abracei. Embora estivesse com o coração despedaçado, louvei ao Pai, entreguei meu Filho morto ao Senhor, e o preparei para ressurreição. E eu agora o tomo em meu colo e digo: Não volte atrás, não ceda. Hoje não é o rei, mas pior: o mundo inteiro, contra meu filho, está dizendo a você que goze a vida sentindo todos os prazeres, que se entregue à bebida, às festas, e se esqueça de Deus. A televisão, o rádio, os jornais e as revistas, os meios de comunicação em geral, convidam-no continuamente a viver de maneira pagã. O mundo ainda não o torturou como fez com os sete irmãos, mas o aliciou, oferecendo prazeres, prometendo felicidade, e nós erramos muito, pecamos em excesso, afastando-nos de Deus e dos mandamentos.
O mundo pinta com cores muito atraentes, nas revistas, nas novelas, toda uma sexualidade inconseqüente, gerando a depravação e dividindo os lares, acabando com a familia. A perda dos valores Estão aí para acabar com o nosso corpo, espirito, nossa alma; querem nos afastar do Deus vivo e verdadeiro, daquele que é o caminho á verdade.
Texto Retirado do Livro Consolados por Maria de Monsenhor Jonas Abib.
Para meditação: Provérbios 4 e Salmo 118.
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